sábado, 5 de abril de 2008

AS CONSIDERAÇÕES ESPÍRITAS COM RELAÇÃO A HIERARQUIA DAS RAÇAS HUMANAS

Autor: Orlando Fedeli
Fonte: www.montfort.org.br

Pois lendo -- com repugnância -- o livro A Gênese de Allan Kardec (Ed . Lake, São Paulo, 1a edição, comemorativa do 100o aniversário dessa obra) pode-se encontrar o seguinte texto, escandalosamente racista, do fundador do espiritismo moderno:

"O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso(sic!). Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados"
(Allan Kardec, A Gênese, ed. cit. p. 187, o sublinhado e o negrito são meus).

Kardec afirma aí o mais grosseiro e brutal racismo.

SITE ESPÍRITA DIZ QUE PAPA SÃO GREGÓRIO MAGNO PROCLAMOU A REENCARNAÇÃO

Autor: Fabiano Armellini
Fonte: www.montfort.org.br

Nome: Marcos Siqueira
Enviada em: 18/01/2006
Local: Rio de Janeiro - RJ, Brasil
Religião: Católica
Idade: 29 anos
Escolaridade: 2.o grau concluído
Profissão: Aux. De Escritório


Li a seguinte frase num site espírita e gostaria de saber mais sobre isso:

" O Papa São Gregório Magno (590 a 604) proclamou também que o Batista foi reencarnação de Elias (Homilia 7, "In Evangelio",

Desde já agradeço,
em Cristo e Maria
Marcos


RESPOSTA


Prezado Marcos,
salve Maria.

Estudiosos espíritas são mestres em encontrar citações incitadas, em achar o não-dito no dito. Recentemente escreveu-nos um espírita com uma suposta citação de São Jerônimo, onde este grande santo teria confessado ter adulterado a Sagrada Escritura, a pedido do Papa. Naturalmente, este espírita, quando pressionado, não soube passar a citação e desapareceu, nunca mais nos escrevendo.

Por curiosidade, procurei e encontrei na internet o texto do site espírita ao qual você se refere. O artigo é realmente sério, de alto valor intelectual, que chega ao ponto de questionar se Santo Elias não foi levado embora por um disco voador (?!?!). Tese genial, sem dúvida!!!

Quanto à citação de São Gregório Magno que o motivou a escrever para nós, para sua felicidade, e infelicidade do autor espírita, nós temos a Patrologia Latina completa em nossa biblioteca, de forma que pude verificar diretamente na fonte se São Gregório Magno realmente disse o que o autor espírita alega.

E não me surpreendeu o fato de constatar que, de fato, São Gregório não disse a heresia que lhe foi imputada. Não me surpreendeu porque não é a primeira vez que vejo um texto espírita adulterar citações, e também porque não é de se esperar que um santo, tanto mais um grande santo e erudito como São Gregório Magno, dissesse uma heresia de tão baixo nível.

Passo-lhe trecho da homilia citada pelo espírita, exatamente a parte que trata do assunto da relação entre Elias e São João Batista, para que você constate com seus próprios olhos que não estou mentindo:
"(...) interrogado o Senhor pelos seus discípulos a respeito da vinda de Elias respondeu: “Elias já veio e não o reconheceram, mas fizeram com ele tudo aquilo que quiseram.” (Mt XVII, 12) “E se quereis saber, João é o próprio Elias que há de vir” (Mt XI, 14) Interrogado, por sua vez, João disse: “Não sou Elias”.

O que significa isto, caríssimos irmãos, por que o que afirma a Verdade, este profeta da Verdade nega? E de fato, muito diferentes são entre si “é o próprio” e “Não sou”.

De que maneira, pois, é o profeta da Verdade, se não está de acordo com as palavras da própria Verdade? No entanto, se a própria verdade é procurada com exatidão, estas coisas que entre si soaram contrárias, não são compreendidas como contrárias. Pois o anjo disse a Zacarias sobre João: “E irá adiante dele no espírito e na virtude de Elias” (Lc I, 17).

Neste caso, diz-se que virá no espírito e na virtude de Elias, porque assim como Elias precederá à segunda vinda do Senhor, assim João precedeu à primeira. Como Elias devia vir como precursor do Juiz, João tornou-se o precursor do Redentor. Assim, João era Elias no espírito, mas não em pessoa.

O que o Senhor declarou sobre o espírito, São João negou em relação à pessoa; pois, assim era justo: que não só o Senhor do discípulo dissesse um sentença espiritual sobre São João, como também o próprio São João respondesse, na perturbação da carne, não sobre seu espírito, mas sobre a carne. O que São João disse parece contrário à verdade, contudo, não se afasta do caminho da Verdade."
(São Gregório Magno, Patrologiae Tomus LXXVI: Sancti Gregorii Magni. Tomus Secundus. Homilia VII in Evangelia, Col. 1099-1100. O destaque é nosso.)

É preciso muita má fé para interpretar as palavras de São Gregório como a favor da reencarnação. O que este Santo Papa está afirmando é o que sempre ensinou a Igreja acerca do assunto, isto é, que São João Batista é Elias não enquanto pessoa, mas em "espírito", por causa de sua missão, parecida com a de Santo Elias antes da vinda de Cristo no fim do mundo para o Juízo Final: a de ser o precursor de Cristo, preparando os caminhos do Senhor. A palavra "espírito" aí, obviamente, não tem a acepção de "alma", mas a mesma acepção de quando alguém diz, por exemplo, que não está com "espírito", isto é, com "disposição" para fazer alguma coisa.

E, diga-se de passagem, esta é exatamente a mesma acepção das palavras do anjo a Zacarias (em Lc I, 17).

Espero que tenha ficado claro.

In Iesu et Maria,
Fabiano Armellini.

O ESPIRITISMO E A LOUCURA

Autor: Fabiano Armellini
Fonte: www.montfort.org.br


Nome: Marcelo Freitas
Enviada em: 17/01/2006
Local: Brasilia - DF, Brasil
Religião: Católica
Idade: 25 anos
Escolaridade: Superior concluído
Profissão: Advogado


Caros Senhores,

não raro quando converso sobre o espiritismo com alguns profissionais de saúde, vários são os que dizem que grande parte dos pacientes dos sanatórios nacionais lá estão por problemas relacionados a essa religião. Inclusive me foi informado que nos idos dos anos 80, alguns profissionais ligados a psiquiatria de um hospital de brasília visitaram a região denomionada "vale do amanhecer" por constatar que a maioria dos pacientes provinham desse região.

É aí que está o meu quetionamento para os senhores que certamente tem mais dados sobre essa questão:

existe algume relação entre a loucura e o espiritismo?
existe algum estudo comprovando que a prática dessa doutrina afeta a saúde mental das pessoas?
Existe algum estudo ou fonte de consulta a respeito desse tema?

De qualquer forma agradeço a atenção dispensada.

Atenciosamente,

Marcelo Freitas


RESPOSTA


Prezado Marcelo,
salve Maria.

Não há duvida que o espiritismo pode levar uma pessoa à loucura. O constante contato que os espíritas têm com coisas estranhas, que fogem ao senso comum, podem facilmente desequilibrar uma pessoa mentalmente sã, ou agravar a insanidade de pessoas já desequilibradas.

Com relação a estudos ou fontes sobre o assunto, o Frei Boaventura Kloppenburg (OFM) trata um pouco sobre o assunto em sua obra "Espiritismo: orientação para católicos". Transcrevo abaixo parte do texto do Frei Kloppenburg sobre o tema, que ele introduz logo após apresentar os argumentos bíblicos contra a evocação de espíritos (necromancia):

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Deus, autor da vida e criador do homem, teve por certo razões graves para interditar com tanta severidade a evocação dos falecidos. Quais seriam estes motivos? Os textos bíblicos dão alguma indicação "... para que não contamineis por meio deles (os necromantes): eu sou o Senhor vosso Deus" (Lev XIX, 31); "Porque o Senhor abomina todas essas coisas" (Deut XVIII, 13); porque afasta o homem de Deus (Deut XIII, 2-6); porque desvia da Lei e do Testamento (Is VIII, 19-20); porque o mago "perverte os caminhos retos do Senhor" (At XIII, 10); porque a magia faz parte das “obras da carne” (Gl 5,20). Segundo a Biblia, a magia é uma injúria à soberana independência e transcendência de Deus e aos seus direitos exclusivos de criar, revelar, fazer milagres e santificar os homens; a magia tende a rebaixar a Deus ao nível de criatura e abre os caminhos para as mais estranhas religiões. E porque a magia é aviltamento da soberania divina, por isso ela é também degradação da dignidade do homem, é deformação do autêntico sentimento religioso.

Não é difícil constatar como, de fato, entre nós, a prática da evocação foi distanciando os espíritas da doutrina cristã e da Igreja de Cristo. Vítimas da miragem espírita, milhões de brasileiros já se sentem praticamente desvinculados da Igreja. São os frutos da evocação. Jesus previu a invasão dos falsos profetas e nos deu uma grave exortação: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes. Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7,15-16).

Pelos seus frutos os conhecereis: penso sobretudo também nos efeitos que a diurna prática da evocação produz sobre a saúde de seus praticantes. Pois o espiritismo é uma religião “de possessão”, como se diz agora. A suposta ou imaginada possessão se realiza sempre em um estado psicológico de transe.

Para poder atuar como instrumento dos espíritos, o médium deve entrar neste estado que não é normal. Segundo as normas de estatuto para sociedades espíritas, dadas pela Federação Espírita Brasileira, os centros espíritas devem realizar “sessões para obtenção dos fenômenos espíritas”, que são reguladas nestes termos pelo art. 2 §

2: “O desenvolvimento das faculdades mediúnicas consistirá, principalmente, no aprendizado, para o médium, da doutrina, em geral, e em particular, no exercício da concentração, da meditação e da prece, no apuramento da sensibilidade, para o efeito de perceber, pela sensação que lhe produzam os fluidos perispirícos do espírito que dele se aproxime, de que ordem que é este; na aprendizagem da maneira com que se deve comportar o seu próprio espírito durante a manifestação, tudo mediante o estudo de O livro dos médiuns e de outras obras congêneres, estudo sem o qual nenhum médium deverá entregar-se à prática da mediunidade, sobretudo sonambúlica”.

Em vista disso e considerando a enorme multiplicação destes centros entre o povo simples, já por todo e vasto Brasil, interroguei a opinião de médicos-psiquiatras, professores de psiquiatria, diretores de hospícios e psicólogos, sobre a conveniência de promover o desenvolvimento das faculdades “mediúnicas” e provocar “fenômenos espíritas”. Perguntei-lhe também se o médium “desenvolvido” pode ser considerado tipo normal e são; e que pensam acerca da pratica popularizada de tantos centros espíritas com supra-indicada e prescrita finalidade.

Recebi numerosas respostas, publicadas na brochura O livro negro da evocação dos espíritos (Vozes, Petrópolis). A sociedade de Medicina e Cirurgia, do Rio de Janeiro, por iniciativa de Leonídio Ribeiro, promoveu inquérito semelhante publicado em seu livro O espiritismo no Brasil (Ed. Nacional, 1931), que ajuntei à, minha sindicância.

Inclui também as observações feitas pelo Dr. Xavier de Oliveira em sua obra O espiritismo e loucura (Rio, 1931), que na p. 211, fala assim de O livro dos médiuns de Allan Kardec: “É a cocaína dos debilitados nervosos que se dão à pratica do espiritismo.

E com um agravante a mais: é barato, está no alcance de todos, e por isso mesmo, leva mais gente, muito mais aos hospícios, do que a ‘poeira do diabo’, a ‘coca maravilhosa’... É o tóxico com que se envenenam, todos os dias, os débeis mentais, futuros hóspedes dos asilos de insanos.

Lêem-no, assimilam-no, incluem a essência diabólica de que é composto, caldeiam os conhecimentos nele adquiridos nas sessões espíritas”. Falando da proporção que ao espiritismo “como fator imediato de alienação mental de feição puramente religiosa”, revela que “é, de muito, muitíssimo, cem vezes, mil vezes superior à de todas as outras seitas reunidas, e, atualmente, praticada em todo o mundo” (p.15).

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Uma análise sistemática da ampla documentação por mim recolhida pode ser resumida nos seguintes pontos:
1) Existe impressionante unanimidade entre psiquiatrias, professores de psiquiatria, diretores de hospícios etc., em denunciar a prática da devoção dos espíritos como nociva, prejudicial, desaconselhável, perigosa, perniciosissima etc.

2) Há também unanimidade moral em ver na prática do espiritismo um poderoso fator de loucuras. Neste sentido os depoimentos são realmente notáveis:

- é o maior fator produtor de insanos (F.Franco);
- é um grande fator de perturbações mentais e nervosas (H. de Melo);
- é uma das causas predisponentes mais comuns da loucura (A. Austregésilo);
- é uma verdadeira fabrica de loucos (H. Roxo, J. Moreira, M. º de Almeida);
- é um agente provocador de delírios perigosíssimos (H. Roxo)
- as práticas espíritas avolumam proeminentemente a população dos manicômios (J. Dutra);
- é grande o numero de doentes, procedentes dos centros espíritas, que vão bater a porta do Hospício Nacional de Alienados (J. Moreira);
- entre os dementes que diariamente dão entrada no hospício, a maioria vem dos centros espíritas (H. Roxo, M. O de Almeida);
- os hospitais de psicopatas estão repletos desses casos (Porto Carrero).

3) Mas não há unanimidade na questão se a prática do espiritismo apenas desencadeia distúrbios mentais já latentes e em indivíduos predispostos à loucura, ou se também deve ser considerada como fator que por si só é capaz de provocar reações psicopatológicas em indivíduos perfeitamente sãos. Nem todos se pronunciaram sobre a questão. Mas todos concordam em dizer que a sessão espírita é a melhor oportunidade para desencadear enfermidades mentais latentes. Em favor da tese que afirma que o exercício da mediunidade não age apenas desfavoravelmente sobre os predispostos mas também sobre os sãos, não somente desencadeando mas também preparando loucuras, temos os seguintes pronunciamentos:

- J. Leme Lopez sustenta que “ a freqüência às sessões espíritas se encontra amiúde entre os fatores predisponentes e desencadeantes das psicoses e das reações psicopatológicas” e que “o exercício das faculdades mediúnicas prepara, facilita e faz explodir alguns quadros mentais”.

- Franco da Rocha endossa as observações de Charcot, Forel, Vigoroux, Henneberg e outros, que publicaram exemplos de pessoas, sobretudo moças, anteriormente sãs, que se tornaram histéreo-epilépticas, em consequência de terem tomado parte nas cenas da evocação dos espíritos;

- Juliano Moreira confessa que viu “casos de perturbações nervosas e mentais evidentemente despertadas por sessões espíritas”,
- J. Dutra pensa que as práticas espíritas exageradas “preparam a loucura”;
- A. Austregésilo declara que o espiritismo é “uma das causas predisponentes mais comuns da loucura”;
- Xavier de Oliveira garante que dos casos por ele estudados no Pavilhão de Assistência a Psicopatas, 1.723 pessoas enlouqueceram “só exclusivamente pelo espiritismo”;
- Henrique B. Roxo insiste: “Uma coisa a discutir é se essas pessoas já não eram doentes mentais antes da sessão. Não, absolutamente. Não apresentavam antes qualquer perturbação mental” Depois repete: “Raramente o individuo era alienado antes do espiritismo”.

4) Mas a prática do espiritismo ou da evocação dos espíritos não é somente causa de loucuras ou perturbações das faculdades mentais; os médicos denunciam outras conseqüências ainda:

- faz explodir e agravar a neurose (Franco da Rocha);
- produz perturbações nervosas (Juliano Moreira);
- determina emoções que acarretam perturbações vaso-motoras (J.Dutra);
- provoca alterações nas secreções internas (J.Dutra);
- produz histeria e epilepsia (Franco da Rocha).

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5) Não apenas os médiuns, também a assistência pode ser vitima de semelhantes males:

- a pratica pública de sessões espíritas, com manifestações ditas mediúnicas, exerce sobre a maior parte dos assistentes uma intensa tensão emocional e nos predispostos (psicopatas, neuróticos, fronteiriços, desajustados da afetividade) é a oportunidade de desencadeamento de reações que os levam ao pleno terreno patológico (Leme Lopez);

- a prática popularizada é prejudicial à saúde mental da coletividade (R. Cavalcanti), é nociva (P. de Azevedo), é prejudicial, principalmente nos meios incultos (M. Andrade);

- por impressionáveis, tais práticas públicas produzem alucinações (J. Dutra);
- a prática do espiritismo tem produzido danos à saúde mental dos adeptos e freqüentadores (J. Fróes);
- o delírio espírita episódico comumente se desenvolve pela freqüência de sessões de espiritismo (H. Roxo);
- as sessões espíritas finalizam sempre com crises de nervos e um estado geral de excitação mais ou menos intenso (H. Roxo);
- algumas vezes há uma questão de contágio mental e numa casa muitas pessoas passam o delírio uma para a outra (H. Roxo);
- temos observado um sem-número de débeis mentais apresentarem surtos delirantes após presenciarem sessões espíritas ou delas participarem ativamente (Pacheco e Silva).

6) Há unanimidade quase total em qualificar a pessoa do médium como tipo anormal, insano, neurótico, desequilibrado, degenerado, histérico etc.:

- os médiuns são os neuróticos de certa classe, histéricos e obsessivos (A. Garcia);
- o médium deve ser considerado como uma personalidade anormal, predisposto a enfermidades mentais, ou já portador de psicopatas crônicas ou em evolução (R. Cavalcanti);
- o médium não pode ser considerado como tipo normal e são (D. Araújo, O. M. Andrade);
- o médium torna-se um neurastênico, autômato, visionário, abúlico (F. Franco);
- o médium nunca pode ser normal (F. Franco);
- o chamado médium desenvolvido já é um insano (P. de Azevedo);
- nunca vi um médium que fosse individuo normal; é quase sempre um desequilibrado (Franco da Rocha);
- ainda não tive a ventura de ver um médium que não fosse nevropata (Juliano Moreira);
- o médium é um tipo anormal , um degenerado (H. de Mello);
- os médiuns devem ser considerados indivíduos nevropatas próximos da histeria (A. Austregesilo);

7) Com particular veemência é unanimemente condenado o desenvolvimento e o exercício das chamadas faculdades mediúnicas, pois esta prática:

- exalta qualidades patológicas latentes (J. A. Garcia);
- sugestiona as pessoas simples (J. A. Garcia);
- em doentes mentais precipita a psicose e da colorido especial aos delírios (J. A. Garcia);
- é causa freqüente de perturbações psicológicas (D. Araújo);
- retarda o tratamento dos pacientes (R. Cavalcanti);
- põe em evidência enfermidades mentais pré-existentes (R. Cavalcanti);
- é o principal responsável pela transformação psicológica que prepara, facilita e faz explodir alguns quadros mentais (Leme Lopez);
- exerce sobre a maior parte dos assistentes uma tensão emocional (Leme Lopez);
- age como fator desencadeante de distúrbios mentais em indivíduos predispostos (M. Andrade);
- é danoso para o organismo do médium (F. Franco);
- produz personalidades histereo-epilépticas (Franco da Rocha);
- prepara o automatismo (Franco da Rocha);
- produz perturbações nervosas e mentais (Juliano Moreira);
- concorre para a alucinação (J. Dutra)
- determina emoções que acarretam perturbações vaso-motoras (J. Dutra);
- provoca concentração psíquica e estados de abstração (J. Dutra);
- altera as secreções internas (J. Dutra);
- predispõe a loucura (A. Austregésilo)
- provoca delírios perigosíssimos (A. Roxo)
- agrava muitos estados mentais já iniciados por pequenos distúrbios psíquicos (A. Austregésilo);

8) Todos são unânimes em declarar que o exercício abusivo da arte de curar pelo espiritismo acarreta perigos para a saúde pública.

9) Em vista de tudo isso reclamam ou apóiam medidas públicas de profilaxia contra a proliferação de centros espíritas como nocivos à saúde publica:
- considero a prática do espiritismo um grave problema social no Brasil (D. Araújo);
- as sessões publicas de mediunidade deveriam ser interditadas (Leme Lopez);
- os excessos nocivos deveriam ser coibidos (P. Azevedo);
- é urgentíssima uma medida pública neste sentido (F. Franco);
- a lei devia tolher-lhe a marcha (H. de Mello);
- os prejuízos que o espiritismo traz à saúde pública são evidentes (Porto Carrero);
- julgo indispensável e urgente que se estabeleçam leis que regulem esse caso (L. da Cunha);
- é uma prática perniciosíssima, que deveria ser combatida a todo transe, por isso que, sobre prejudicial à saúde pública, contribui para a ruína de muitos lares e dá margem a explorações as mais ignóbeis (Pacheco e Silva);
- o poder público não pode ser indiferente à ruína nervosa, são à alienação daqueles sobre os quais lhe é missão velar: os inocentes, incautos, crédulos, que desses espetáculos e dessas sugetões podem ser vitimas (Afrânio Peixoto).
Deus autor do homem, tinhas pois, motivos graves para proibir a evocação. A posterior experiência comprova a sabedoria desta disposição divina. (Frei Boaventura Kloppenburg, OFM, Espiritismo: Orientação para Católicos, 6a. edição, Ed. Loyola, cap. II pp. 56-62).

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A leitura que lhe passei acima alude a uma série de estudos sobre o assunto. Exagerados ou não, eles não deixam de tocar num ponto que nos parece bastante razoável: o de que a anormalidade do fenômeno mediúnico possa levar à loucura.

Não temos estudos mais aprofundados sobre o tema, uma vez que ele não é diretamente de nosso interesse, uma vez que para nós basta constatar que o espiritismo é falso em seus princípios. Mas encaminho o que tenho, na esperança de que possa ajudá-lo.

In Iesu et Maria,
Fabiano Armellini.

CONSIDERAÇÕES SOBRE AS RAÇAS DA ESPÉCIE HUMANA POR MARX, VOLTAIRE E KARDEC

Autor: Orlando Fedeli
Fonte: www.montfort.org.br

Nome: Carlos Eduardo Monteiro
Enviada em: 19/10/2004
Local: Piracicaba - SP, Brasil
Religião: Católica
Escolaridade: Superior em andamento




"O negro pode ser belo para o negro, como um gato é belo para um gato; mas não é belo no sentido absoluto, porque os seus traços grosseiros, seus lábios espessos acusam a materialidade dos instintos; podem bem exprimir as paixões violentas, mas não saberiam se prestar às nuanças delicadas dos sentimentos e às modulações de um espírito fino.

Eis porque podemos, sem fatuidade, eu creio, nos dizer mais belos do que os negros e os Hotentotes; mas talvez também seremos, para as gerações futuras, o que os Hotentotes são em relação a nós; e quem sabe se, quando encontrarem os nossos fósseis, não os tomarão pelos de alguma variedade de animais."

Allan Kardec, "Obras Póstumas"

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"Descendo sobre este montículo de lama e não tendo maiores noções a respeito do homem, como este não tem a respeito dos habitantes de Marte ou de Júpiter, desembarco às margens do oceano, no país da Cafraria, e começo a procurar um homem.

Vejo macacos, elefantes e negros. Todos parecem ter algum lampejo de uma razão imperfeita. Uns e outros possuem uma linguagem que não compreendo e todas as suas ações parecem igualmente relacionar-se com um certo fim.

Se julgasse as coisas pelo primeiro efeito que me causam, inclinar-me-ia a crer, inicialmente, que de todos esses seres o elefante é o animal racional. Contudo, para nada decidir levianamente tomo filhotes dessas várias bestas.

Examino um filhote de negro de seis meses, um elefantezinho, um macaquinho, um leãozinho, um cachorrinho. Vejo, sem poder duvidar, que esses jovens animais possuem incomparavelmente mais força e destreza, mais idéias, mais paixões, mais memória do que o negrinho e que exprimem muito mais sensivelmente todos os seus desejos do que ele.

Entretanto, ao cabo de certo tempo, o negrinho possui tantas idéias quanto todos eles. Chego mesmo a perceber que os animais negros possuem entre si uma linguagem bem mais articulada e variada do que a dos outros animais.

Tive tempo de aprender tal linguagem e, enfim, de tanto observar o pequeno grau de superioridade que a longo prazo apresentam em relação aos macacos e aos elefantes, arrisco-me a julgar que efetivamente ali está o homem. E forneço a mim mesmo esta definição:

O homem é um animal preto que possui lã sobre a cabeça, caminha sobre duas patas, é quase tão destro quanto um símio, é menos forte do que outros animais de seu tamanho, provido de um pouco mais de idéias do que eles e dotado de maior facilidade de expressão.

Ademais, está submetido igualmente às mesmas necessidades que os outros, nascendo, vivendo e morrendo exatamente como eles.

Após ter passado certo tempo entre essa espécie, desloco-me rumo às regiões marítimas das Índias Orientais.

Surpreendo-me com o que vejo: os elefantes, os leões, os macacos e os papagaios não são exatamente como eram na Cafraria; mas o homem, esse parece-me absolutamente diferente.

Agora são homens de um belo tom amarelo, não possuem lã, mas têm a cabeça coberta de grandes crinas negras. Parecem ter sobre as coisas idéias totalmente contrárias às dos negros. Sou, portanto, forçado a mudar minha definição e a classificar a natureza humana sob duas espé­cies: a negra com lã e a amarela com crina.

Mas, na Batávia, em Goa e em Surata, ponto de encontro de todas as nações, vejo uma grande multidão de europeus.

São brancos, não possuem lã ou crina, mas cabelos louros bem soltos e barba no queixo. Mostram-me também muitos americanos, que não possuem barba. Eis minha definição e minhas espécies de homem bastante ampliadas.

Em Goa encontro uma espécie ainda mais singular do que todas essas. Trata-se de um homem vestido com uma longa batina negra, dizendo-se feito para instruir os outros. Todos esses homens que vedes, diz-me ele, nasceram de um mesmo pai. E, então, conta-me uma longa história.

No entanto, o que diz esse animal soa-me bastante suspeito. Informo-me se um negro e uma negra, de lã negra e nariz chato, engendram algumas vezes crianças brancas, de cabelos louros, nariz aquilino e olhos azuis, se nações imberbes vieram de povos barbados e se os brancos e as brancas engendraram povos amarelos.

Respondem-me que não, que os negros transplantados, por exemplo, para a Alemanha continuam produzindo negros, a menos que os alemães se encarreguem de mudar a espécie, e assim por diante.

Acrescentam que um homem instruído nunca diria que as espécies não misturadas degeneram, a não ser o Padre Dubos, que disse tal besteira num livro intitulado Reflexões sobre a Pintura e sobre a Forma etc.

Quer me parecer que agora estou muito bem fundamentado para crer que os homens são como as árvores: assim como as pereiras, os ciprestes, os carvalhos e os abricoteiros não vêm de uma mesma árvore, assim também os brancos barbados, os negros de lã, os amarelos com crina e os homens imberbes não vêm do mesmo homem. "

Voltaire, Tratado de Metafísica, cap. I (Os Pensadores). São Paulo: Abril, 1978, p.62,63.

Obs: Eis aí, uma "boa" contribuição do Iluminismo ao racismo.

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Olha essa então, Marx defendendo a escravidão no Brasil:

"Permita-me dar a você um exemplo da dialética do Sr. Proudon.

A liberdade e a escravidão constituem um antagonismo. Não há nenhuma necessidade para mim falar dos aspectos bons ou maus da liberdade.

Quanto à escravidão, não há nenhuma necessidade para mim falar de seus aspectos maus. A única coisa que requer explanação é o lado bom da escravidão.

Eu não me refiro à escravidão indireta, a escravidão do proletariado; eu refiro-me à escravidão direta, à escravidão dos pretos no Suriname, no Brasil, nas regiões do sul da América do Norte.

A escravidão direta é tanto quanto o pivô em cima do qual nosso industrialismo dos dias de hoje faz girar a maquinaria, o crédito, etc.

Sem escravidão não haveria nenhum algodão, sem algodão não haveria nenhuma indústria moderna. É a escravidão que tem dado valor às colônias, foram as colônias que criaram o comércio mundial, e o comércio mundial é a condição necessária para a indústria de máquina em grande escala.

Conseqüentemente, antes do comércio de escravos, as colônias emitiram muito poucos produtos ao mundo velho, e não mudaram visivelmente a cara do mundo.

A escravidão é conseqüentemente uma categoria econômica de suprema importância. Sem escravidão, a América do Norte, a nação a mais progressista, ter-se-ia transformado em um país patriarcal.

Apenas apague a América do Norte do mapa e você conseguirá anarquia, a deterioração completa do comércio e da civilização moderna. Mas abolir com a escravidão seria varrer a América para fora do mapa.

Sendo uma categoria econômica, a escravidão existiu em todas as nações desde o começo do mundo. Tudo que as nações modernas conseguiram foi disfarçar a escravidão em casa e importá-la abertamente no Novo Mundo.

Após estas reflexões sobre escravidão, que o bom Sr. Proudhon fará? Procurará a síntese da liberdade e da escravidão, o verdadeiro caminho dourado, em outras palavras o equilíbrio entre a escravidão e a liberdade. "

Carta de Karl Marx a Pavel Vasilyevich Annenkov, Paris
Escrita em 28 de dezembro de 1846 Rue dOrleans, 42, Faubourg Namur.

Fonte: Marx Engels Collected Works, vol. 38, p. 95.
Editor: International Publishers (1975)
Primeira publicação: completa no original em francês em M.M. Stasyulevich i yego sovremenniki v ikh perepiske, Vol III, 1912
Tradução em inglês pode ser acessada em
http://www.marxists.org/archive/marx/works/1846/letters/46_12_28.htm




RESPOSTA


Muito prezado Carlos Eduardo,
Salve Maria!


In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli

POR QUAL RAZÃO KARDEC SE DIZ CRISTÃO?

Autor: Fabiano Armellini
Fonte: www.montfort.org.br


Nome: Pedro Cláudio
Enviada em: 24/09/2005
Local: São Paulo - SP, Brasil
Religião: Católica
Idade: 18 anos
Escolaridade: 2.o grau concluído


Prezados amigos da Montfort,

Li o material publicado em seu site contra o espiritismo e ficou-me uma dúvida: se o Kardec e o espiritismo são tão contra a doutrina ensinada por Cristo na Bíblia, aprovando a necromancia e a reencarnação, chegando até ao ponto de defender teses racistas, por que o Kardec se diz cristão? Por que ele finge ser algo que não é?

Agradeço a atenção!

Pedro Cláudio.


RESPOSTA


Prezado Pedro,
salve Maria.

O Kardec e o espiritismo codificado por ele assume uma roupagem cristã, a fim de mais facilmente cativar e atrair os cristãos (especialmente os católicos) para a doutrina espírita. Tendo nascido num país de tradição católica, a França, é natural que o espiritismo kardecista quisesse assumir este disfarce, para angariar adeptos para o seu culto sectário.

Como prova desta minha afirmação, eu poderia mostrar a forma de atuação dos centros espíritas no Brasil, que adotam nomes muitas vezes católicos, chegando alguns até a adotar santos padroeiros.

Onde se rezam Ave-Marias! Onde se defende que é possível continuar assistindo à missa na sua paróquia, sendo católico, e freqüentar um centro espírita, e que não há problema algum nisso, enquanto contaminam as mentes destes católicos com princípios kardecistas.

Para provar que Kardec não é cristão, eu poderia mostrar textos seus ridicularizando o inferno, que a Sagrada Escritura inúmera vezes afirma existir. Poderia mostrar como Kardec se compraz em mostrar o que ele considera absurdo ou contraditório na Bíblia, como a existência de Adão, que ele rejeita como mito.

Para provar que o espiritismo não é cristão, poderia citar o órgão oficial da Federação Espírita Brasileira, o Reformador, de janeiro de 1953, p.23, afirmando com relação às Sagradas Escrituras:

"Do Antigo Testamento, já nos é recomendado somente o Decálogo, e do Novo Testamento, apenas a moral de Jesus; já consideramos de valor secundário ou revogado e sem valor algum mais de 90% do texto da Bíblia" (o negrito é meu).

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Mas, muito mais eficiente do que isso, acredito ser muito mais simples citarmos o que Kardec diz a respeito da forma que ele defende ser a correta para propagar a doutrina espírita:

"Com que fim Espíritos sérios, junto de certas pessoas, parecem aceitar idéias e preconceitos que combatem junto de outras?

Cumpre nos façamos compreensíveis. Se alguém tem uma convicção bem firmada sobre uma doutrina, ainda que falsa, necessário é lhe tiremos essa convicção, mas pouco a pouco.

Por isso é que muitas vezes nos servimos de seus termos e aparentamos abundar nas suas idéias: é para que não fique de súbito ofuscado e não deixe de se instruir conosco.

Aliás, não é de bom aviso atacar bruscamente os preconceitos. Esse é o melhor meio de não se ser ouvido. Por essa razão é que os Espíritos muitas vezes falam no sentido da opinião dos que os ouvem: é para os trazer pouco a pouco à verdade.

Apropriam sua linguagem às pessoas, como tu mesmo farás, se fores um orador mais ou menos hábil. Daí o não falarem a um chinês, ou a um maometano, como falarão a um francês, ou a um cristão. E que têm a certeza de que seriam repelidos." (Allan Kardec, Livro dos Médiuns, FEB, 62a. edição, 2a. parte, Cap. XXVII no.301 pp.399-400. Os destaques são meus.)

Note que neste livro, o Livro dos Médiuns, que é um livro destinado a pessoas já iniciadas no espiritismo, Kardec fala mais claramente sua estratégia de "apostolado": enganar as pessoas, inclusive fingindo aceitar idéias que eles não aceitam, para que as pessoas não deixem de se instruir com os espíritas!!

Seria preciso dizer mais algo?

Para concluir, sobre a "moral de Jesus" do Novo Testamento contida no livro "Evangelho segundo o Espiritismo", o livro mais difundido do Kardec, especialmente entre católicos, vejamos o que Kardec diz a respeito:

"As partes correspondentes àquelas que tratamos no "Evangelho Segundo o Espiritismo" (...), como nós nos limitamos às máximas morais que, com raras exceções, são geralmente claras, e não podem ser interpretadas de maneira diversa; e também não foram jamais sujeito de controvérsias religiosas.

É por esta razão que nós começamos por aí, a fim de sermos aceitados sem contestação, aguardando de resto que a opinião geral se encontre mais familiarizada com a idéia espírita." (Allan Kardec, "Notices bibliographiques - LES ÉVANGILES EXPLIQUÉS" apud: Revue Spirite, Junho de 1866)

Em outras palavras: Kardec confessa aí ter escrito um livro sobre os Evangelhos, onde ele buscou tratar apenas das máximas do evangelho que não têm contestação, isto é, apenas dos assuntos que não são polêmicos, para com isso parecer cristão e ganhar a opinião pública.

Estas palavras, além de escandalosas, são falsas: pois mesmo tratando apenas de máximas incontestáveis, o livro transborda de heresias e gagueiras.

Muito sincero este Kardec, não lhe parece? Com base em tudo isso, entendeu você agora por quê Kardec finge ser cristão?

In Iesu et Maria,
Fabiano Armellini.

DEFESA ESPÍRITA AS CONSIDERAÇÕES RACIAIS DE KARDEC

Autor: Fabiano Armellini
Fonte: www.montfort.org.br


Nome: Vera
Enviada em: 14/04/2005
Local: Porto Alegre - RS,
Religião: Outras


Esqueceram-se de considerar que Allan Kardec viveu numa época de forte repressão religiosa, principalmente por parte da Igreja Católica, fundadora do Cristianismo do qual o Messias se chamava “Constantino, O Grande”, e cujos ensinamentos messiânicos também eram provenientes de Constantino, O Grande (inclusive a alteração do dia de Sábado para o Domingo); Cristianismo que é seguido até hoje por todos os seus bilhares de fiéis espalhados pelo mundo todo - e que, em nome desse Cristianismo, a Igreja Católica (essa mesma, cujo último líder morreu no dia certo: 1º de Abril) em vergonhosa concomitância por negociações econômicas muito vantajosas com as classes dominantes (conforme testemunha o infindável patrimônio da Igreja Romana), que inclusive inibia e dominava a ciência, como ainda inibe e domina até hoje... já haviam decidido que havia uma raça de humanos que era superior, e que essa raça era a caucasiana ariana, como é até hoje.

Obviamente, sob a ameaça das fogueiras da Inquisição, ou alguma outra barbaridade selvagem como essa, Allan Kardec deve ter “comido o maior dobrado” para conseguir se comunicar de forma inteligente, conforme poderá ser observado através da leitura da obra dele, inclusive nesse dito que foi apontado pelo Sr. Orlando Fedeli, e que agora uso como exemplo:

“6 --Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomarmos uma criança hotentote recém nascida e a educarmos nas melhores escolas, fareis dela, um dia, um Laplace ou um Newton?" (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 126).

Allan Kardec explicita seu racismo brutal e grosseiro na resposta que dá a essa pergunta, por ele mesmo feita:

"Em relação à sexta questão, dir-se-á, sem dúvida, que o Hotentote é de uma raça inferior; então, perguntaremos se o Hotentote é um homem ou não. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se não é um homem, porque procurar fazê-lo cristão ?" (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 127).”

Qualquer pessoa mais esclarecida, imparcial e que tenha melhor conhecimento de causa, poderá enxergar nitidamente uma CRÍTICA IMPLÍCITA ÓBVIA – e mais ainda, UM CRÍTICA IMPLÍCITA ÓBVIA QUE ELE FEZ CONTRA O RACISMO RELIGIOSO, OU CONTRA O RACISTA QUE O ESTAVA QUESTIONANDO, através do qual está subentendida a seguinte pergunta: “Se são seres inferiores, então porque A IGREJA os quer transformar em cristãos?” (porque é sabido que unificar o Cristianismo Católico, é uma obsessão da Igreja Romana até hoje).

Eis um dos motivos que faziam Nostradamus tremer de pavor diante da hipótese de interpretação ignorante, da obra que ele nos deixou. Por isso ele deixou essa importante informação, escrita com resposta para ser encontrada através de um cálculo do tipo problema matemático bem infantil:

“O Gênio virá na segunda geração APÓS O ANTI-CRISTO, quando os recém-nascidos de HOJE tiverem seus netos, na metade do século XXI. (I pg. 300)”

Ora, segunda geração APÓS O ANTI-CRISTO; e netos são a segunda geração. O século XXI foi despiste, do tipo “pega ratão”, pois os recém nascidos daquela época não poderiam ter netos na metade do século XXI, a menos que, cada pessoa vivesse 300 anos naquele tempo. O que ele pretendia denunciar com isso, é que o Anti-Cristo foi criado na época dele – o que provavelmente, ele testemunhou.

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Os profetas do passado tinham problemas muito sérios para comunicarem qualquer coisa que contrariasse os domas daqueles que comandavam a Terra através do terror e opressão (e comandam até hoje), como a Igreja Romana, por exemplo.

Muitas inspirações proféticas não eram para serem entendidas pela humanidade naquelas épocas de pavor, escravidão, repressão... e sim, quando a humanidade tivesse condições e liberdade para usar o Tico & Teco, com os quais o Pai premiou cada cabeça (o que estava previsto acontecer à razão das visões de Fátima – cujo cálculo de tempo denota um último aviso e as conseqüências resultantes de ser ignorado TAMBÉM ESSE ÚLTIMO AVISO), cujo TERCEIRO e de fundamental importância, ficou oculto até maio de 2000 – logicamente, pela Igreja Romana, que até armou uma presepada em 1981, para se enquadrar por “boazinha”.

Outro problema desse gênero, pode ser observado em Revelação – Livro que contém as revelações esclarecedoras de Jesus Cristo para João – principalmente no Capítulo 13, mais especificamente dos versículos 11 ao 18, que diz (Não pretendendo imitar alguém, MAS JÁ IMITANDO – as partes grifadas foram colhidas da Bíblia, e as partes sublinhadas são minhas):

“E eu vi outra fera ascender da terra, e ela tinha dois chifres semelhantes aos dum cordeiro, mas começou a falar como dragão.” (Ou seja, uma fera semelhante a Jesus Cristo, mas que falava como Constantino, O Grande). “E exerce toda a autoridade da primeira fera à vista dela.” (as feras bíblicas são sistemas de comando que COMERCIALIZAM o nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo – do tipo religiões – nesse caso, o Catolicismo Romano) “E faz a Terra e os que moram nela adorar a primeira fera, cujo golpe mortal ficou curado. E ela realiza grandes sinais, para fazer até mesmo fogo descer do céu para a Terra à vista da humanidade.” (com certeza, fantasias iguais a essa: Números, Capítulo 11 – “Então, o povo tornou-se como homens que têm algo de mau a queixar-se aos ouvidos de Deus. Quando Deus escutou isso, se acendeu a sua ira e um fogo da parte de Deus, começou a arder contra eles e a consumir alguns na extremidade do acampamento.”).

“E desencaminha os que moram na Terra por causa dos sinais que lhe foi concedido realizar à vista da fera, ao passo que diz aos que moram na Terra que façam uma imagem da fera que sofrera o golpe mortal E AINDA ASSIM REVIVEU.

E foi-lhe concedido dar fôlego à imagem da fera, de modo que a imagem da fera falasse (teria sigo algo como “um santo do pau oco?) e fizesse matar a todos os que de modo algum adorassem a imagem da fera.”

E ela põe a todas as pessoas SOB COMPULSÃO (como é até hoje), pequenos e grandes, e ricos e pobres, e livres e escravos, para que dêem a estes uma marca na sua mão direita ou NA SUA TESTA (a única marca de necessidade compulsiva e obrigatória na testa é o batismo; e para aqueles que acrescentaram na Bíblia, fantasias iguais a acima mencionada em Números, acrescentar “uma marca na mão direita” é mero detalhe), e para que ninguém possa comprar ou vender, exceto aquele que tiver a MARCA (batismo), o NOME da fera (cristão), ou o número do seu nome.

Aqui é que está a sabedoria: Quem tiver inteligência calcule o número da fera, pois é número de homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.“ (Convém lembrar que a Bíblia é um livro que contém 66 livros. Já soube que existem versões da Bíblia – cada qual mais inalterada do que a outra – que contém 72 livros, e nesse caso também há um cálculo, porque 66 + 6 = 72.).

Talvez algumas bilhares de pessoas tenham construído “suas casas na areia”, conforme disse o inteligentíssimo Jesus Cristo... porque tem que ser muito inteligente para usar a fera como isca para apontar ela mesma.

Quem mandou não acreditar Nele e nos PROFETAS que Ele enviou, né???

Se fosse para bilhares e mais bilhares e mais bilhares de cabeças pensarem pela cabeça de uma pessoa só, Deus não teria posto um cérebro em cada cabeça – de modo que não existe nada mais mortal e pecaminoso, do que não se usar o cérebro que se recebeu.

Vera Kindermann


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Prezada Vera,
salve Maria.

Sua carta, cheia de ódio e blasfêmias infundadas contra a Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, revela bem o "espírito" kardecista. A sua fúria revela que você foi atingida pela nossa acusação de racismo do Kardec, e geme de dor por isso. E em troca destila todo o seu ódio à Santa Madre Igreja e sua hierarquia, nem mesmo respeitando a memória do Papa João Paulo II, que acaba de morrer.

Não sei de onde você tirou que o Kardec vivia numa época de forte repressão religiosa... ele viveu numa época, pelo contrário, de forte repressão CONTRA a religião. Sua época, o sec. XIX, é a época dos historiadores românticos, que inventaram várias mentiras sobre a História da Igreja, que, embora já tenham sido desmentidas por historiadores mais sérios, continuam sendo repetidas em meios não-católicos. É o século de Freud, de Marx, de Darwin, do evolucionismo, do ateísmo, da eugenia, e do nacionalismo. Os princípios do sec. XIX, princípios todos esses laicos, foram os causadores das duas grandes guerras, do nazismo e do comunismo no sec. XX. É essa a época de Kardec. É uma época de laicização do mundo, da queda das monarquias em todo mundo e do estabelecimento dos princípios da Revolução Francesa, contrários aos princípios católicos.

Muito infeliz portanto a sua colocação sobre a época de Kardec. Ele é um fruto de seu século. Sua pretensão em dar um caráter científico à religião é uma prova disso; pretensão esta absurda pois a Ciência, que investiga os fenômenos materiais, jamais poderá explicar o sobrenatural.

O racismo de Kardec é outra prova de que ele é fruto de seu século: ele não passa de um reflexo da sociedade de sua época, onde o evolucionismo e o eugenismo, germes do nazismo, estavam aflorando e, com eles, as idéias racistas que são patentes nas obras de Kardec.

Quer uma prova? A citação que você copiou em sua carta, mas não teve capacidade de saber interpretar:

"Se [o selvagem] é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica".

Você concorda com essa colocação dos "espíritos superiores", de que a raça negra (que são racisticamente chamados de "selvagens") possui menos dotes do que a raça caucásia?

Estaria ele falando de privilégios materiais, já que a Europa era rica e a África pobre, ou esses privilégios seriam dotes, como inteligência, capacidade, etc?

Vejamos então outras passagens racistas do Kardec para responder essa questão:

"O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso (sic!).

Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados" (Allan Kardec, A Gênese, Ed. Lake, São Paulo, 1a edição, comemorativa do 100 aniversário dessa obra p. 187.

Os destaques são meus, para o caso de você, em sua leitura enviezada, não ser capaz de identificar os elementos racistas dessa citação).

Ah, então há raças mais inteligentes?!? Começa a ficar claro a que "privilégios" o Kardec e sua corja de "espíritos superiores" estavam fazendo referência.

E, de passagem, não sei se você notou a influência da filosofia evolucionista nesta citação do Kardec, ao considerar os negros menos "evoluídos" por "mal se distinguirem dos macacos". Deplorável essa colocação, você não acha?

Para não parecer que a frase acima é uma frase isolada, vamos ver outras que passam a mesma idéia:

"Esses Espíritos dos selvagens, entretanto pertencem à humanidade; atingirão um dia o nível de seus irmãos mais velhos, mas certamente isso não se dará no corpo da mesma raça física, impróprio a certo desenvolvimento intelectual e moral. Quando o instrumento não estiver mais em relação ao desenvolvimento, emigrarão de tal ambiente para se encarnar num grau superior, e assim por diante, até que hajam conquistado todos os graus terrestres, depois do que deixarão a Terra para passar a mundos mais e mais adiantados"

(Revue Spirite, abril de 1863, pág. 97: Perfectibilidade da raça negra, in Allan Kardec, A Gênese, Ed. cit. p. 187. Mais uma vez, os destaques são meus).

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Está bom ou quer mais? Na dúvida, eu mando mais uma do Kardec, agora sobre os chineses:

"Um chinês, por exemplo, que progredisse suficientemente e não encontrasse na sua raça um meio correspondente ao grau que atingiu, encarnará entre um povo mais adiantado" (Allan Kardec, O que é o Espiritismo, Edição da Federação Espírita Brasileira, Brasília, 32a edição, sem data, pp. 206-207. A edição original de Qu"est ce que le Spiritisme é de 1859).

E veja também o que o Kardec fala sobre a aparência dos negros, o que bem mostra o baixo nível do seu preconceito racista:

"O negro pode ser belo para o negro, como um gato é belo para um gato; mas não é belo no sentido absoluto, porque os seus traços grosseiros, seus lábios espessos acusam a materialidade dos instintos; podem bem exprimir as paixões violentas, mas não saberiam se prestar às nuanças delicadas dos sentimentos e às modulações de um espírito fino.

Eis porque podemos, sem fatuidade, eu creio, nos dizer mais belos do que os negros e os Hotentotes; mas talvez também seremos, para as gerações futuras, o que os Hotentotes são em relação a nós; e quem sabe se, quando encontrarem os nossos fósseis, não os tomarão pelos de alguma variedade de animais." (Allan Kardec, Teoria da Beleza, in Obras Póstumas, p.131. O negrito é meu.)

Veja então que os "privilégios" aos quais a raça negra, segundo o Kardec, fora desertada, não são privilégios materiais (riqueza), mas caracteres intelectuais, morais e estéticos. Tremendo, não? Repito a pergunta: você concorda com o Kardec nessas infelizes colocações?

Todas essas frases nós já havíamos publicado em nosso site. Se você quer realmente fazer uma defesa séria do racismo do Kardec, deve levar todas essas citações em conta, e não apenas uma isolada, emitindo uma interpretação totalmente parcial e equivocada da mesma, como você fez em sua carta.

Como sustentar sua “opinião” de que Kardec estava criticando o “racismo religioso” de sua época, racismo esse que nunca existiu em meios católicos. Por acaso foi em países católicos que houve Apartheid ou grupos como o Ku Klux Klan?

E já que estamos falando do seu racismo, para deixar minha resposta bem completa, e para constar nela todo o material que você deve tentar refutar para excusar o racismo do kardecismo, veja você a abstrusa exposição do Kardec sobre o surgimento das raças na Terra, texto que tem o título "Raça Adâmica", extraído do livro “O Gênesis” do Kardec (os destaques são meus):

Raça adâmica

38. - "De acordo com o ensino dos Espíritos, foi uma dessas grandes imigrações, ou, se quiserem, uma dessas colônias de Espíritos, vinda de outra esfera, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por essa razão mesma, chamada raça adâmica.

Quando ela aqui chegou, a Terra já estava povoada desde tempos imemoriais, como a América, quando aí chegaram os europeus. Mais adiantada do que as que a tinham precedido neste planeta, a raça adâmica é, com efeito, a mais inteligente, a que impele ao progresso todas as outras. A Gênese no-la mostra, desde os seus primórdios, industriosa, apta às artes e às ciências, sem haver passado aqui pela infância espiritual, o que não se dá com as raças primitivas, mas concorda com a opinião de que ela se compunha de Espíritos que já tinham progredido bastante.

Tudo prova que a raça adâmica não é antiga na Terra e nada se opõe a que seja considerada como habitando este globo desde apenas alguns milhares de anos, o que não estaria em contradição nem com os fatos geológicos, nem com as observações antropológicas, antes tenderia a confirmá-las.

39. - No estado atual dos conhecimentos, não é admissível a doutrina segundo a qual todo o gênero humano procede de uma individualidade única, de há seis mil anos somente a esta parte.

Tomadas à ordem física e à ordem moral, as considerações que a contradizem se resumem no seguinte:

Do ponto de vista fisiológico, algumas raças apresentam característicos tipos particulares, que não permitem se lhes assinale uma origem comum.

Há diferenças que evidentemente não são simples efeito do clima, pois que os brancos que se reproduzem nos países dos negros não se tornam negros e reciprocamente.

O ardor do Sol tosta e brune a epiderme, porém nunca transformou um branco em negro, nem lhe achatou o nariz, ou mudou a forma dos traços da fisionomia, nem lhe tornou lanzudo e encarapinhado o cabelo comprido e sedoso.

Sabe-se hoje que a cor do negro provém de um tecidoespecial subcutâneo, peculiar à espécie. Há-se, pois, de considerar as raças negras, mongólicas, caucásicas como tendo origem própria, como tendo nascido simultânea ou sucessivamente em diversas partes do globo.

O cruzamento delas produziu as raças mistas secundárias. Os caracteres fisiológicos das raças primitivas constituem indício evidente de que elas procedem de tipos especiais. As mesmas considerações aplicam, conseguintemente, assim aos homens, quanto aos animais, no que concerne à pluralidade dos troncos. (Cap. X, nos 2 e seguintes.)

40. - Adão e seus descendentes são apresentados na Gênese como homens sobremaneira inteligentes, pois que, desde a segunda geração, constroem cidades, cultivam a terra, trabalham os metais.

São rápidos e duradouros seus progressos nas artes e nas ciências. Não se conceberia, portanto, que esse tronco tenha tido, como ramos, numerosos povos tão atrasados, de inteligência tão rudimentar, que ainda em nossos dias rastejam a animalidade, que hajam perdido todos os traços e, até, a menor lembrança do que faziam seus pais.

Tão radical diferença nas aptidões intelectuais e no desenvolvimento morai atesta, com evidência não menor, uma diferença de origem." (Allan Kardec, A Gênese, FEB, 36a. edição, Cap. XI - Gênese Espiritual, nn. 38-40, pp. 226-228).

Note, minha cara Vera, que Kardec está negando que a "raça adâmica" tenha a mesma origem que as demais raças "atrasadas", que já povoavam a terra quando ela chegou de "outra esfera"... aliás, de outra esfera quereria dizer... de outro planeta?!?

A raça adâmica seria uma raça... extraterrestre?!? Essa é, de fato, uma explicação de outro mundo!

Paro minha análise deste texto maluco por aqui. Imagino que, isso posto, fica bem claro o racismo do Kardec, e a explicação de baixíssimo nível que ele apresenta para tentar justificá-lo. Como eu já disse e repito, uma defesa séria do Kardec implica na refutação de TODOS os textos que eu acabei de lhe apresentar.

Boa sorte!

In Iesu et Maria,
Fabiano Armellini.

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Prezado Sr. Fabiano Armellini

In Iesu et Maria.

Não existe ódio na mensagem que eu enviei. Existe verdade e o Senhor bem o sabe, assim como sabe também, que eu mesma fui forçada a testemunhar a repressão religiosa, como todos o são até os dias de hoje, através da obrigatoriedade do ensino do Cristianismo Católico nas escolas. Não há mais fogueiras, torturas & mortes, saques e terrores impingidos pela Santa Igreja Católica, mas ainda existem muitas memórias, inclusive com relação às bênçãos dessa Igreja para com as armas de guerra, e também para as guerras.

Por mais que os historiadores, populares ou estudiosos, sérios ou coagidos pela Santa Igreja em questão, sempre em comum acordo com as classes dominantes e ricas, tentassem esconder, foi impossível não perceber a verdadeira origem do racismo (entre muitas outras coisas), por causa da escravidão, de modo que o senhor está negando o que é óbvio e sabido por milhares de pessoas.

Eu não sou Espírita (ainda não). Sou católica, porque era obrigatório na época em que eu nasci, pertencer a alguma religião - e, se os pais
não quisessem que os filhos fossem discriminados e perseguidos social e economicamente, a religião para marcar os filhos, obrigatoriamente tinha que ser a Católica Apostólica Romana.

Isso ninguém me disse. Isso eu não li em livros, porque eu não me limito a aprender apenas o que os humanos escreveram para que fosse
aprendido. Existem muitas fontes altamente educativas, e eu aproveito todas que se me apresentam.

Isso eu vivi!

Allan Kardec não tinha poder para alterar o racismo na Terra, assim como também não era dele o dever de combater o racismo naquela época, porque isso era dever da Santa Igreja Católica que se auto denomina única e exclusiva "Representante de Deus & de Cristo na Terra", e que não o fez. A ciência tem como comprovar o espírito sim, mas como nunca deixou de estar reprimida, a humanidade ainda não conta nem com a informação científica da própria origem. Se as pessoas eram racistas naquela época (como ainda são), é porque a ciência era racista (e ainda é) e porque a própria Bíblia é racista por atribuir somente a criação caucasiana ao Pai, omitindo as outras (obviamente pela mesma ignorância aplicada aos dinossauros), de modo que, se Allan Kardec cometeu algum erro, com certeza ele foi induzido a cometer pelas forças humanas que escreveram a Bíblia, e pelas forças humanas que comandavam todas as coisas e cabeças naquela época, inclusive a dos cientistas. Entretanto, me convém mencionar que no livro "A Gênese" que eu tenho (porque foi adquirido gratuitamente, ao contrário do batismo católico), a explicação está totalmente diferente dessas que o assessor da Igreja Romana apontou na mensagem dele, o que me faz deduzir que isso possa ser apenas "CONVERSAS DE MATILDES" (sem pretender ofender as Matildes).

Francamente, não fará nem a menor diferença para mim, os erros que o senhor e sua Santa Congregação possam impingir, inventar ou apontar contra Allan Kardec, obviamente apenas por medo (medo do que, com certeza, logo descobriremos), PORQUE PELOS FRUTOS, PODEMOS RECONHECER A ÁRVORE - e o senhor sabe disso.

Os frutos da Santa Igreja Romana, que enriqueceu através de blasfêmias contra o Pai e contra o Filho, e através de opressão, saque e terror contra todos os outros filhos (nós), é a miséria da maioria das próprias ovelhas cabisbaixas, o abandono, a degradação, a desesperança, a falta de fé, o racismo, o preconceito social & econômico & sexual & político, a maldade, a futilidade a vaidade - e isso tudo, em benefício dos grandes comandantes do capitalismo, dos governantes capitalistas e em prol de benefícios para própria Igreja Romana (como por exemplo, a escolha do Papa alemão, porque a Alemanha é a maior contribuinte financeira para a Igreja - e todo mundo sabe disso, porque foi divulgado pela mídia), atos mil, que ocasionaram na antecipação da destruição da Terra. O fruto do Cristianismo Romano, são pessoas perdidas que não sabem mais a quem recorrer para impedir ou se preservar dos efeitos dos atos maléficos provocados pela ganância capitalista, ampla e visivelmente apoiada pela Santa Igreja Romana - a mais rica de todas as empresas capitalistas da Terra.

Isso eu também vivi.

O fruto do Espiritismo não é perfeição - mas também não é racismo. O fruto do Espiritismo é caridade de pessoas que prestam serviço por amor gratuito àquelas ovelhas tristes, desesperançadas e até, desesperadas, que não encontram nenhum apoio (na verdade, nada de útil) da Igreja Romana que as atirou na miséria espiritual quando as abandonou às inúmeras injustiças, e à miséria econômica e social. E o fruto do Espiritismo é estudar muito, e a ciência e os ensinos de
Jesus Cristo são as principais bases - e aprender sempre, para evoluir sempre, de modo que nem o senhor e nem o assessor da Igreja Romana que escreveu aquela matéria transbordante de ódio, inveja e ressentimento contra Allan Kardec, necessitam se preocupar com o Espiritismo, porque se Allan Kardec cometeu algum erro, com certeza, ele já o consertou - de modo que, os senhores encontrarão isso se continuarem a ler as obras dele - o que poderá também lhes trazer
benefício mental, e consequentemente espiritual, e conhecimento suficiente, para que os senhores também desejem abandonar a "fera", para prestarem caridade aos seus semelhantes por amor, conforme ensinado por Jesus Cristo - e não mais por riquezas e poder para a Igreja Romana.

E isso eu estou vivendo.

Quanto à maluquice que o senhor diz conter a minha mensagem abaixo, está na Bíblia. Se o senhor ler, também encontrará.

De qualquer modo, se os senhores encontrarem, tanto uma outra empresa que se enquadre tão perfeitamente no Revelação, capítulos 13 ao 17 - quanto algum espírita kardecista racista... por favor me avise, porque eu também estou muito interessada em tudo que tenha relação com Deus, o Criador e a CRIAÇÃO DELE (incluindo a própria Terra), e que tenha relação com Jesus Cristo.

Não tenho ódio nenhum, Sr Fabiano - e se eu fosse espírita, eu teria dito apenas "tenha amor, irmão, muita paz e fraternidade", ou algo assim - enquanto assistia passivamente, a Santa Igreja Católica Apostólica Romana tentar reconquistar algumas das bilhares e mais bilhares de ovelhas que perdeu porque abandonou - às custas da difamação de Allan Kardec... mas como eu detesto injustiças, amo a justiça, e não sou espírita, então eu procuro sempre esclarecer, e se
tiver que apontar, eu aponto (e é por isso que eu não sou espírita).

Grata pela atenção.

Vera Chinder

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Prezada Vera,
salve Maria.

Sua resposta mostra que você não quer ou não sabe responder aos nossos argumentos sobre o racismo de Kardec.

Ao invés de analisar as frases, retiradas todas do "pentateuco" espírita, dos livros doutrinários de Allan Kardec, você prefere desviar o assunto e tirar a culpa do Kardec, atribuindo-a à sua época e dizendo que, se o Kardec era racista, a culpa disso seria das pessoas que "comandavam todas as coisas e cabeças naquela época". Destaco duas frases de sua resposta:

"Allan Kardec não tinha poder para alterar o racismo na Terra, assim como também não era dele o dever de combater o racismo naquela época, porque isso era dever da Santa Igreja Católica"

"se Allan Kardec cometeu algum erro, com certeza ele foi induzido a cometer pelas forças humanas que escreveram a Bíblia, e pelas forças humanas que comandavam todas as coisas e cabeças naquela época"

Ora, se o espiritismo diz que o Kardec foi o "Consolador" que Cristo prometera aos Apóstolos antes de sua Ascenção, por que então ele não teria poder de alterar o racismo na Terra? E mais: ainda que ele não tivesse (e realmente não tinha) esse poder, isso então seria motivo para capitular e aceitar o racismo? Vamos aplicar essa sua lógica a você mesma, cara Vera: você não concorda com a suposta "repressão religiosa" que, segundo você, a Igreja exerceria sobre a civilização de hoje. Ora, você não tem poder para mudar isso; logo, por que você não a aceita e a defende, como o Kardec fez com o racismo? Percebe a incoerência da sua lógica?

Você também diz que não era dever do Kardec lutar contra o racismo... ora, minha cara Vera, lutar contra a injustiça é dever de todos, dentro de suas possibilidades. Ou, no mínimo, não contribuir para ela. Não há nos escritos de Kardec nenhuma indicação de que ele estivesse inconfortável com o racismo da sociedade de sua época... pelo contrário, há frases que servem para aguçar o racismo em pessoas que já são racistas.

Você acusa a Igreja Católica injustamente de promover o racismo e a escravidão, ou pelo menos de não combatê-lo. Blasfêmia infundada, e que revela o seu ódio contra ela.

Por uma acaso, ignora você que a única época em toda a História em que não houve escravidão foi a Idade Média, quando a Igreja ditava a moral da sociedade? Ou ignora você, como eu já escrevi na minha outra resposta, e que você parece ter não lido, que não foi em países católicos que houve Apartheid ou o Ku Klux Klan, mas sim em países protestantes? Ignora você que o escravismo veio com o Renascimento, que queria resgatar os valores da civilização pagã (que era escravista)? Ignora você que Voltaire, "gênio" do Iluminismo, e que falava em igualdade, liberdade e fraternidade, e que combatia a Igreja Católica, era traficante de escravos?

Acaso a Igreja Católica fosse racista, haveria então santos negros, como São Benedito, Santa Efigênia, São Gelásio entre tantos outros?

O que você já estudou para saber se a Igreja combateu ou não a escravidão? Você já procurou ver o que os papas da época escreveram a respeito? Certamente não, pois se tivesse, teria facilmente encontrado, até mesmo na Internet, inúmeras declarações da Igreja contra o racismo e a escravidão, como por exemplo a Bula Immensa Pastorum de Bento XIV (1741), onde ele chama de desumanos os atos de prepotência contra os escravos e estabelece haja excomunhão "latae sententiae ipso facto incurrenda" (isto é, excomunhão automática desde que cometido o delito) para quem pratica a escravidão, a venda ou que maltrata um escravo. Ou então teria encontrado as declarações do Papa Paulo III (1537), ameaçando de excomunhão quem escravizasse os índios, ou de Urbano VIII (1639), que estipulou severas censuras canônicas para todos os que violentassem o livre arbítrio dos índios, convertidos ou não.

Isso sem contar as inúmeras declarações de padres, prelados e bispos da época com o mesmo teor, como por exemplo o Pe. Antônio Vieira que disse:

"Saibam os pretos, e não duvidem, que a mesma Mãe de Deus é Mãe sua..., porque num mesmo Espírito fomos batizados todos nós para sermos um mesmo corpo, ou sejamos judeus ou gentios, ou servos ou livres" (Pe. Antônio Vieira Sermão XIV in: Sermões, vol. IX Ed. das Américas 1958, p. 243).

E em outro sermão, condenando o tráfico negreiro:

"Nas outras terras, do que aram os homens e do que fiam e tecem mulheres se fazem os comércios: naquela [na África] o que geram os pais e o que criam a seus peitos as mães, é o que se vende e compra. Oh! trato desumano, em que a mercância são homens! Oh! mercância diabólica, em que os interesses se tiram das almas alheias e os ricos são das próprias!" (Pe. Antônio Vieira Sermão XXII in: op. cit., p. 64).

Onde está o racismo nestas palavras, minha cara Vera? Não parece muito diferentes estas palavras do Pe. Vieira e as do Kardec? E ele dizia estes sermões diante de senhores de escravos. Segundo sua lógica, deveria ele capitular, como fizera o Kardec?

Você acusa a Bíblia de ser racista "por atribuir somente a criação caucasiana ao Pai". Fico imaginando de onde você tirou essa idéia absurda, e que Bíblia é essa que você lê. Seria alguma "Bíblia segundo o Espiritismo", que eu desconheço?

O Kardec fala sim de uma raça adâmica, como eu lhe mostrei citando inclusive o próprio texto do Kardec... já Sagrada Escritura, esta afirma que somos todos irmãos, ao falar dos três filhos de Noé: Cam (negro), Sem (pardo) e Jafé (branco). “Estes três foram os filhos de Noé; e destes se povoou toda a terra” (Gn IX, 19). Aonde estaria o racismo da Sagrada Escritura?

Bom, acho que sobre o racismo e sobre a escravidão estamos conversados.

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Haveria eu então agora de tratar de suas outras acusações, que fogem totalmente do assunto que a levou a escrever para o site. Quem desconversa normalmente é por que não está mais conseguindo defender sua posição, mas que não quer admitir que não tem razão. Só para não parecer que eu estou ignorando o restante de sua carta, dedico algumas linhas de minha resposta aos outros assuntos que você aborda em suas cartas.

Você insiste muito, em sua carta, em dois pontos:

1) Que haveria, ainda hoje, por parte da Igreja Católica, uma forte repressão religiosa.
2) Que o livro do Apocalipse estaria profetizando a corrupção da Igreja e a asceção do espiritismo.

Quanto ao primeiro ponto, você está totalmente equivocada e fora da realidade. Tanto a Igreja não exerce mais forte influência na sociedade (INFELIZMENTE), que estão as coisas hoje do jeito que estão. A constituição do Brasil, que um dia foi um país católico, hoje admite o divórcio, o aborto em casos de estupro e risco materno, permite pesquisas com embriões humanos (a lei de Biossegurança recém-aprovada), isso apenas para citar alguns exemplos. E a sociedade contemporânea quer ela impor seus valores à própria Igreja Católica, pressionando fortemente o Vaticano, através da mídia, que acabem com o celibato sacerdotal, que permitam o sacerdócio feminino, que admita o casamento homossexual, permita a comunhão aos divorciados, que transforme a Igreja numa democracia entre outros pontos. Veja você mesma a ferocidade da mídia contra o Papa Bento XVI, recém-eleito. Se a Igreja fosse tão repressiva quanto você diz, seria possível uma mídia tão feroz contra o Papa, o chefe da Igreja?

O ensino católico não é obrigatório hoje coisíssima nenhuma, não sei de onde você tirou isso. Na França, desde Napoleão o ensino é laico. No Brasil, apenas colégios católicos incluem aulas de catecismo nos seus currículos, mas que é tão pobre em coteúdo (quando não heterodoxos) que seria até melhor que não o dessem.

Não sei em que época você nasceu, mas com certeza deve ter sido no século XX. De forma que então é falsa sua afirmação de que, na época em que você nasceu, era obrigatório pertencer a alguma religião. Se seus pais, parentes ou até mesmo se o padre da sua paróquia a forçaram a ser católica, não culpe por isso a Igreja, que jamais forçou conversões.

O fato dos pais batizarem uma criança ainda quando bebê não é imposição da religião, mas ato de caridade, por crerem no poder deste sacramento de perdoar o pecado original. Se esta criança, depois de adulta, não professar o credo católico, como você, ela não é católica, ainda que batizada. Portanto, você não é católica, fique tranquila... ou seria melhor dizer: fique preocupada!

Quanto ao seu segundo ponto, isto é, suas interpretações de profecias, em especial do livro do Apocalipse, elas não passam de palpite, ou chute... qualquer seita que se diz cristã tem uma interpretação própria do Apocalipse a seu favor. Testemunhas de Jeová, Adventistas, Kardecistas... a pergunta é quem lhes deu poder de interpretar o Apocalipse?

Cristo deu o poder das chaves a Pedro, isto é, ao papa, e cabe a ele e ao magistério da Igreja interpretar as Sagradas Escrituras... caso contrário cai-se no livre exame que teve como conseqüência o enxame de seitas protestantes que surgiram após Lutero. Se você quiser mais informações a esse respeito, recomendo que leia o artigo Leia a Bíblia? publicado em nosso site.

Portanto, não vou nem perder meu tempo analisando seus palpites (chutes) sobre o que Cristo quereria dizer com as palavras do Apocalipse.

E por favor, quando você tornar a nos escrever (se tornar a nos escrever), por favor foque no racismo do Kardec. Discussões sem foco são muito desgastantes e pouco proveitosas.

In Iesu et Maria,
Fabiano Armellini.


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Senhor Fabiano,

Qualquer um que tentasse combater tanto o racismo, naquela época, quanto qualquer outro dogma gerador das inúmeras injustiças sociais criadas pelo catolicismo, se já não tivesse mais uma fogueira em praça pública montada para ele, teria que abandonar todos os seus pertences, e fugir da Europa para não ser torturado e executado – como muitos imigrantes tiveram que fazer (sempre é interessante estudar os motivos que levaram a maioria dos Europeus a fugirem da Europa).

O racismo foi inventado indevidamente em nome do Pai, à princípio, por desconhecimento de Moisés, quando transmitiu a origem das criaturas, conforme inspiração divina, tendo nesse ato, omitido a menção das outras raças, e tendo confirmado posteriormente essa informação, através da história de Noé.

Na Idade Média quando foi re-escrita a Bíblia, é que o racismo foi oficializado de forma religiosa e portanto, social, através da omissão da existência das outras raças – mas claro que, Gutemberg apenas cumpriu ordens, registrando o que lhe foi mandado registrar, não tendo sido dessa forma, responsabilidade dele o racismo... e Gutemberg mesmo denuncia isso e também “adendos” à Bíblia, quando escreveu o dito em Mateus, 25:27 – “Pois bem, devias ter depositado meu dinheiro de prata junto aos banqueiros, e na minha chegada, eu estaria recebendo o meu com juros.” – afinal, a instituição financeira chamada de “BANCO”, foi criada por John Banks, na Inglaterra, no século XV ou XVI, e foi do nome dele que se originou a palavra “banco”, de modo que, Mateus não pode ter mencionado algo que não existia na época em que ele viveu.

Não, eu nunca li nada sobre a Igreja Católica ter lutado contra o racismo, mas já li que os negros foram impedidos de entrarem nas Igrejas, porque nas épocas de escravidão, as Igrejas não os consideravam humanos – li, vi na TV e ouvi sendo contado por muitas pessoas, e as Cruzadas dão testemunho disso, do mesmo modo que a Inquisição (que esteve sob ameaça de retornar, declarada na Missa do Galo de 2003), dão testemunho da forte, cruel e mortal repressão religiosa.

Tampar o sol com a peneira, não porá fim à essa discussão, com certeza.

Entretanto, eu gostaria de esclarecer que não estou defendendo Allan Kardec, porque nem ele e nem a obra dele precisam de defesa, e sim, de leitura completa e inteligente e sem maledicência e intenções tendenciosas nada, nada nobres.

A Bíblia é assim também, precisa de leitura completa e inteligente... ou então, nada se entende do que realmente está informando.

Gostaria de dizer também, para dissipar a sua defesa pelo pretenso ódio que o senhor esta alegando, que eu conheci Padres Católicos, que se mostraram pessoas valorosas por não se esconderem da verdade, e abordarem assuntos que eram realmente de interesse popular e por ignorarem os falsos moralismos totalmente baseados em maldade.

Isso foi durante a minha fase de crescimento, que foi também a fundamental para minha aprendizagem. Um desses Padres em especial, que eu creio que já deve ter falecido porque já era muito velho.

Ele era casado, tinha cinco filhos e um Fusca branco.
De qualquer forma, eu estou aberta à discussões.
Respeitosamente.


Vera Chindermann



Prezada Vera,
salve Maria.

Definitivamente você abandonou a discussão sobre o racismo do Kardec, nem se preocupou em refutar meus argumentos contrários à sua acusação de que a Igreja Católica promoveria o racismo e o escravismo na época de Kardec.

Ao contrário, como alguém que fingiu não ler o que eu escrevi, repete a mesma blasfêmia ao dizer:

Qualquer um que tentasse combater tanto o racismo, naquela época, quanto qualquer outro dogma gerador das inúmeras injustiças sociais criadas pelo catolicismo (sic!), se já não tivesse mais uma fogueira em praça pública (sic!) montada para ele, teria que abandonar todos os seus pertences, e fugir da Europa para não ser torturado e executado (sic!)

Isso, minha cara Vera, prova a sua falta de honestidade intelectual. Você não está querendo discutir... está querendo é dizer o que pensa, ainda que se prove que o que você pensa não faz sentido e não condiz com a realidade.

E como não gosto de falar com as paredes, não vou perder mais meu tempo com você.

Fique então com suas blasfêmias, e vá dizê-las a seus amigos espíritas e ao seu amigo padre amasiado, com filhos em seu fusca branco (!!). Aliás, vendo com que tipo de padre você se relaciona, passo a compreender o amor à Igreja que você demonstra ter em suas cartas.

Passe bem!

In Iesu et Maria,
Fabiano Armellini.


PS: Para sua informação, a Vulgata não fala em BANQUEIRO em Mt XXV, 27. Veja a citação da vulgata, em latim:

Oportuit ergo te mittere pecuniam meam nummulariis, et veniens ego recepissem, quod meum est cum usura." (Mt XXV, 27).

Destaquei o termo que, na sua Bíblia, se traduziu como banqueiro. Tradução esta que, com certeza, deve ter sido feita no sec. XX, quando a palavra banco já existia.

Quanto à função de banqueiro, ainda que ela não tivesse esse nome, é uma prática antiga, que já existia na época do Império Romano.

O que, portanto, destrói o seu pseudo-argumento para provar que a Bíblia fora adulterada na "Idade Média" (sic!), mentira esta que já foi refutada em outras cartas publicadas no site Montfort.



Pretensa defesa espírita ao racismo de Kardec (4)

Sr. Fabiano,

É exatamente!
Nada que o senhor e sua santa congressação disserem sobre Kardec, poderá depreciar nem a conduta e nem a obra dele, que é a única baseada no Cristianismo, na qual realmente se pode confiar.

Eu sou testemunha e meu dedo está apontado para o senhor e também para sua santa congregação sem fins lucrativos (hehehe). Diante de Deus, os senhores podem passar por todo mundo, mas por mim, não passarão.

OBS.: O senhor se esqueceu de me escomungar.

Vera Kindermann

INCORRUPÇÕES - POSSESSÕES - REIKI

Autor: Fabiano Armellini
Fonte: www. montfort.org.br

Nome: Felipe
Enviada em: 05/11/2004
Local: Rio de Janeiro -
Religião: Católica
Idade: 17 anos
Escolaridade: 2.o grau em andamento


Caríssimo Orlando Fedeli,

Com ampla freqüencia consulto a sessão de perguntas/respostas do site Montfort para minhas pesquisas sobre a doutrina católica, que faço para aumentar meu pobre entendimento sobre a mesma e para preparar material para reflexão bíblica para um grupo de jovens católicos da minha idade, aproximadamente.

Previamente lhe enviei uma pergunta que em pouco tempo foi respondida, sobre Anna Katharina Emerick(esta, por exemplo, para conhecimento meu mesmo...)

Desta vez, lhe envio essa mensagem para tirar umas dúvidas que tenho... Tenho certeza que voce poderia me ajudar, devido à disponibilidade e boa vontade que noto que tens quando respondes, e seu zelo para que a verdade de Cristo seja difundida.

1) Nunca consegui entender bem o que acontece, segundo a doutrina da Igreja, quando uma pessoa "recebe espíritos". Muitos dizem que são demônios que usam as pessoas para difundir a crença do espiritismo, e assim conhecem as intimidades dos ouvintes, que o que está "recebendo" diz...

Já ouvi falarem que trata-se de um fenômeno parapsicológico, que a pessoa entra em estado de inconsciência ou sub-consciência, e, assim, entra em contato com o inconsciente dos demais, e toma para si um alter-ego. Algum deles está correto? O que é considerado correto pela Igreja?

2) O que a Igreja pensa sobre a prática do Reiki?

3) Sobre a incorrupção de corpos de santos, onde se encontram os mesmos, e quais são os santos cujos corpos estão a mostra em igrejas? Seria a incorrupção do corpo um sinal da santidade, tanto que, percebendo-se tal ocorrência, a pessoa deve ser canonizada, e não deveria ser se seu corpo fosse deteriorado? Que outras ´regras´ são seguidas para se atestar que certo fiel foi um santo em vida?

Desde já te agradeço e peço, humildemente, para que a resposta seja enviada para o meu email, pois acho que teria dificuldades de achá-la no site.

Que a Paz de Cristo reine em nossos corações,

Felipe Landeira




RESPOSTA


Prezado Felipe,
salve Maria.

Antes de responder às suas perguntas, quero agradecer a confiança no site Montfort e os bons votos.

Permita-me, no entanto, responder à sua carta, embora esta tenha sido dirigida ao professor Orlando. O que acontece é que o professor anda atarefado com muitas aulas e palestras, e estamos dvidindo com ele o trabalho de responder às cartas que chegam ao nosso site.

Passo agora a responder às suas questões:

1) Há duas possibilidades quando se afirma que "baixou um espírito" em alguém. A mais comum é que isso não passe de pura charlatanice, pois a maior parte das manifestações mediúnicas que se tem notícia são falsas e só servem para enganar incautos.

No entanto, pode ocorrer de uma pessoa, de tanto chamar, abrir as portas e acabar sendo possuída por um demônio. Isso não é tão raro assim. Por isso essas brincadeiras espíritas como brincadeira do copo ou regressão são tão perigosas.

Mas note então que isso não é comunicação com os mortos, pois um demônio não é exatamente uma pessoa morta, mas um anjo caído. A comunicação com os mortos é um fenômeno extremamente raro, que só acontece em casos especiais, por vontade e consentimento de Deus, como é o caso do aparecimento do profeta Samuel ao rei Saul, narrado na Sagrada Escritura.

Mas observe que Samual não "baixou" em Saul, mas apareceu-lhe de forma visível.

Quanto à Parapsicologia, essa falsa ciência não passa de uma grande tolice que não merece nem ser ouvida... jogue isso tudo fora.

2) Reiki é uma prática esotérica oriental, que tem suas origens no panteísmo e no paganismo. Assim sendo sua prática é condenável, pois, como diz a Sagrada Escritura, "todos os deuses dos pagãos são demônios" (Salmos XCV, 5). Portanto, um bom católico não deve de forma alguma recorrer a essa prática esotérica e pagã.

3) A incorrupção de um corpo, de si só, não prova a santidade de uma pessoa. Para os santos, a incorrupção de seus corpos é apenas uma confirmação da sua santidade, que é comprovada pelo processo de canonização e pela declaração da Papa.

A incorrupção dos corpos dos santos é um milagre de Deus que visa aumentar nossa crença na ressurreição da carne, que é dogma de Fé.

São vários os corpos incorruptíveis de santos que estão expostos nas igrejas. E, atendendo a seu pedido, cito-lhe alguns deles:

Santa Catarina de Bolonha, na Igreja Corpus Domini (Bolonha/Itália)
São Pio V, na Basílica Santa Maria Maggiori, (Roma/Itália)
São João Bosco, na Basílica Nossa Senhora Auxiliadora (Turim/Itália)
S. Pio X, na Basílica de S. Pedro (Vaticano)
Santa Catarina Labouré, na Capela da Medalha Milagrosa, na rue du Bac (Paris/França)
Santa Bernadete, Nevers (Borgonha/França)
Santo Cura d"Ars, Basílica de Ars (Ars/França)
S. Vicente de Paula, Igreja S. Vicente de Paula (Paris/França)
E isso para lhe citar apenas alguns exemplos.

Espero tê-lo ajudado. Se tiver mais dúvidas, escreva-nos.

In Iesu et Maria,
Fabiano Armellini.